9.13.2008

Poema em homenagem a Glória Davila Espinoza

Solta-me os teus cabelos
Em raízes frescas da amazónia
De chão – pássaros de luz
A nidificarem-me os ombros
Por entre a folhagem dos dedos
E ventres olhares de esperança
Vem desaguar em mim como cataratas
Em tempo sem pele carcomida
Em relógios sem corda
Ser-me barco a correr-me
Na saliva da boca
Deixa-me tocar-te…
Em faunas e floras aquáticas
Inventar-te crianças
No barro do teu corpo
Ser-te água e chuva
Por entre teus caminhos de luas
Vem ser sal na minha boca
E pão dos índios feito sol
em: A m a z o n a s
U c a y a l i s
H u a ll a g a s
Vem ser-me planta sempre nova.



Manuel Feliciano

Sem comentários:

Enviar um comentário