7.08.2009

Ao sol

Ao sol


És a jangada amarela
No céu navegando à deriva

Sou o pão quente dos povos
Morrendo em bocas famintas
Vencendo o mar negro da morte
Em portas trancadas nos rostos

Sou a noite quando calo
Sou o dia quando grito
A luz em homens nado – mortos
Nascendo em olhares – diafragmas

Sou o bálsamo em vozes – feridas
Cavalo correndo no prado
Sou homem não algemado
A mãos frias – puras gangrenas

Sou o sol que nunca viste

Sou a luz te desfolhando
Em doces lábios – poemas.


Manuel Feliciano

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