4.19.2010

amanhã

Amanhã por detrás das folhas
Seremos flores ou medusas?
Matéria inacabada
No corpo do tempo
Rindo dos tiranos
E da própria morte
Sem olhares pisados
Com marcas de sangue
Sem a dor da chuva
E o parto da nuvem
Nos gomos da boca
Batendo no peito
A voz arvorecida
Após um prego nos dedos.


Manuel Feliciano

Sem comentários:

Enviar um comentário