4.23.2010

Quem me dera ter alma

Quem me dera ter alma
Sem horas translúcidas
Da paciência das pedras
Ao longo da estrada
Indiferentes ao mundo
Consciência sem filhos
Corroídas pelo medo
De seres inexistentes
Calcinados em lares
Sem ânsia e metafisica
Da lonjura das nuvens
Alheias a si mesmas
Sem reclusos por dentro
Gritando entre as grades!

Manuel Feliciano

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