8.03.2010

Amanhã não importa

Quando o orvalho cai
e escreve o seu rosto na terra
há pássaros naquelas palavras
tocando melodias nas almas
murmúrios nas asas de anjos
que ecoam em meu elemento
solar de células cósmicas
que meus olhos não vêem de todo
porque só sou pequena gota
de toda a grandeza celeste
que me interessa se não vejo tudo
se sinto que a chuva me fala
na imensidão do interior
não chove que amanhã é promessa
e o passado nem sequer existiu
e o hoje é só um mero teatro
que se joga com os bolsos vazios
que se apaga com luzes e palmas
cantemos com trago de vinho
mil anos foi só um segundo
e o sol vai vencer esta noite!
sorriam a peça foi boa
colhamos que o amanhã é dos deuses.



manuel feliciano

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