8.30.2010

Eu vivo nas coisas

Depois de todos os mistérios que indaguei
Das sementes na terra rasgando o impossível
Da voz madura dos astros latejando gritos
Toquei os confins onde os deuses habitam
Fui à loucura húmida dos meus lábios na maçã
Como uma noite serena deitado ao teu lado
Embalado por entre os lençóis da cama
A única inquietude foram os teus cabelos
Que são anjos despidos em lugares distantes
Que ficam à lonjura do meu leve suspiro
E nada disto foi um mistério indecifrável
Somos todos o mesmo lugar em várias formas
Todas as ânsias pesos e amarras me desprenderam
A não ser o meu Ser desassosssegado por nada
Vi tudo tão nítido como a minha consciência
De que eu vivo nas coisas como as coisas em mim!







manuel feliciano

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