8.13.2010

Amor interplanetário

hoje quero a eternidade e desaguar no azul teu colo
é de verão estamos debaixo de uma figueira à fresca
sabes é tão bom sentir os teus deuses na ausência
de nossos beijos como figos brotando pingos de mel
quero que saibas que nunca chorei de amores por ti
eu não preciso nem de figos,nem de rios,e figueiras
Tudo existe na minha essência antes mesmo de ter nascido
tu és-me e queimas-me a pele mas isso não é tormento
mas achas que eu ia sofrer se eu sempre te tive ao colo?
lambi pingos de chuva contigo na pele suave do Inverno
sabes o que é sentir-me parte integra dos teus suspiros
aliviar-te as feridas até que me doas menos sem chuva
matéria e alma de cada movimento de translação do teu ser?
não importa se a figueira tem figos e há sombra para os dois
eu desaguo-te como um rio sem sequer me sentires e tocares
ouço-te sempre antes de entregrares o teu corpo ao sono
nunca me poderias ser perda beliscas-me a qualquer distância
giras à volta de mim como a terra em torno do sol e isso é tudo!



manuel feliciano

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