8.05.2010

In veritas

Não tenho que me justificar se sou poeta ou não sou poeta
Ou se sou um avião sobrevoando sem asas
Cidades por entre as algemas do tempo
Tão pouco eu sou poeta pela mera opinião alheia
Sou aquilo que sou com os meus defeitos e virtudes
Não me alimento do quintal do vizinho
Ó filho queres alfaces foram-se todas com a chuva
Eu nem tenho sequer quaisquer dúvidas
Que já não se anda de porta em porta dando-se tigelas de sopa
A quem anda como um cão comendo sonhos nas esquinas
E olha que ultimamente é melhor passar fome
Que vender o que há na alma por meia dúzia de notas.


manuel feliciano

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