8.03.2010

Para os esotéricos doentes

Meus queridos amigos, o meu blogue não deveria ser um local para deixar recados, mas perante tanta gente que vive compulsivamente de filosofias em prol do ócio, dedicados a ganhar dinheiro à custa da ignorância, eu vou contrariar a lei do “Desapego” tão evocada por essa gente.
Atentem bem, leiam e aprendam alguma coisa com as minhas palavras, mas antes acendam o cérebro, porque é fácil enganar o povo com falsas profecias e anjos sem asas, não querendo contudo discutir a existência de Deus, isso é outro assunto:

Diz assim Manuel Feliciano; não menos que nenhum outro filósofo, curandeiro, exorcista: O homem é um ser eminentemente apegado, aos seus entes queridos, à memória do que guarda, a quem ama, a este apego chama-se apego espiritual, consciência e necessidade do outro, embora cada ser seja um edifício, com uma estrutura própria. Conseguinte, enquanto seres espirituais para os esotérios, ou conscientes e inteligíveis para os ateus, sendo que o conheciemento e a sabedoria são meramente do foro da abstracção, convém que vos explique de uma vez por todas que aqui na terra fomos feitos para amar, ter familia, porque somos seres eminentemente sociais, para além de que, em grande maioria religiosos, e não vi nenhum religioso até hoje desapegado dos seus deuses, ora um homem desapegado, tem boa solução, joga a consciência fora, põe uma lata no coração, vive de si para si e não tem serventia para o mundo; recrimina o doente, o pobre, o homossexual, o mal sucedido na vida, acha-se criador e não criatura e vive da desgraça alheia que na falta da saúde, recorre ao inevitável esoterismo. Querem-me tirar os meus momentos de meditação? Isso é apego, não porque cada qual come a filosofia que quiser, eu como a minha, porque tenho pensamento próprio, eu medito, sou apegado, amo o meu próximo, dou-lhe sopa da minha sopa, não roubo em laboratórios de esóterismo do ócio e de deuses pagãos.

Em segundo lugar, quanto ao apego material, podem-me quebrar os computadores, as máquinas digitais, o meu telemóvel, que eu farto-me de rir, não choro por matéria meus queridos, porque essas casas morrem para sempre e não têm afectos, as outras casas espirituais têm afectos, e não estou convicto que morram para sempre, em suma queridos esotéricos,cada homem com a sua tara, não foi essa a lição que vos deu Cristo, antes pelo contrário, "deixai tudo e segui-me", se me quereis dar provas do vosso amor, além disso mandou-vos semear e dar, porque só assim podeis receber, ora vós que professais o esoterismo, quereis encher carteiras, anjinhos de asas quebradas.

Não concluo, porque não me vergo perante a vossa ignorância, o que é que aprenderam com Madre Teresa de Calcutá? migalhas de pão? eu tenho vergonha da vossa pobreza de espírito, tendes mãos e metei-las no bolso, tendes pés e não andais, vêdes o mundo incorrecto e silenciais, sois como pedro que negou 3 vezes a Cristo, só o fundo da vossa carteira vos interessa, "dai de graça o que recebestes de graça."

Não mereceis a minha humilde sabedoria.


Manuel Feliciano

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