8.30.2010

Se um dia dona Morte [...]

Se um dia dona Morte [...]
Se um dia subires as escadas
E não acordares o vizinhos
Com os pés já descalços
E a tua lingerie preta
E nem sequer bateres à porta
Nos olhos trouxeres uma máscara
Voz sussurrante
E mãos aveludadas
Não tires sequer a máscara
Que a ti eu nunca te reconheço
Eu gosto de amantes reais
Monta-me e desfruta dona Morte
Faz-me jogos de sado-maso
Aperta-me leve a garganta
Coloca-me mordaças na bocas
E prende-me com algemas os pulsos
Sabes o que depois te faço
Assim que o teu jogo acabe?
Salivo-te a buceta até gemeres
E vou de barco até ao Haiti
E tu ficas a olhar para o cadáver
Enquanto eu leio debaixo de palmeiras



manuel feliciano

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