9.27.2010

Monólogo com a cona

Monólogo com a cona

Querida Cona

O meu Pénis lateja cada vez mais que se aproxima do marulhar
Dos teus lábios. Que se abrem em cascatas quando a cabeça
Os toca. Por baixo de laranjas húmidas bate-me a efervescência
Das ondas, e as rochas amadurecem-me. A tua Vulva sobeja
Espuma branca e idiomas que só os sexos fundidos entendem
À batida dos ponteiros desconcertados somos só bruma em gozo
Lambemos florestas de índios na folhagem nas sombras frescas
Percorremos os sons da brisa nas hastes das palmeiras dos braços
As tuas raízes sugam-me e eu deixo de ser matéria e inflamo-me.
Amo-te querida cona, beijos festivos que te inauguram sempre
Como parte importante que me leva a conhecer outros mundos.


Manuel Feiciano

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