10.10.2010

Aos teus olhos

Que me importa que os teus olhos
Sejam ruas desertas
Jardim sem árvores e pássaros
Homens sem consciência
Poeira da cinza de cigarros
No final de uma conversa
Prisioneiros da vaidade
Loucos impérios cegos
Estações sem passageiros
Que me importa que os teus olhos
Tenham a escuridão da noite
Chuva que não escreve na terra
Invernos com folhas na rama
Flores da imunda soberba
Se os meus olhos vêem por ti.



manuel feliciano

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