1.11.2011

O meu país não tem geografia

O meu país não tem geografia
Na rocha da palavra
É quando o mar me escreve
O teu amor na boca
E os braços baloiçam num corpo despido
Pintados com o som do sol
E os teus cabelos me ensinam
O teu barco no meu porto
É uma lua azul distante que escorrega
Por entre um beijo lento e perto
É um mundo aberto numa folha verde
Lisboa colhendo Nova Iorque em nós mesmos
É quando de mãos dadas aquecemos estrelas
E as levamos por lugares sem ilhas
Que engolimos apaixonados com os olhos
Enquanto me afogas por entre grutas de pétalas
Renasço no cosmos quando a tua face me queima!



manuel feliciano

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