2.07.2011

Em Salamanca […]

Em Salamanca […]
As minhas mãos morreram-te sobre os seios
As línguas enrouquecidas choraram invenciveis
Florimos na Antártida em árvores de gelo
Desfolhamos o sol com os fósforos dos dedos
Atravessamos o amor em aviões de saliva
Alcançamos o além no canavial de um beijo
Em Salamanca […]
Eu e tu dançamos na flor do chão em recomeço
Tocamos cordas de guitarras na neve dos ombros
Ressuscitamos em suspiros vindos não sei de onde
Lambemos o azul dos olhos que nos tortura
E o gume dos sorrisos foram lânguidos metais
Casas de orvalho que nos abriram todas as portas.



manuel feliciano

1 comentário:

  1. Olá
    Continuas a brindar-nos com belos poemas.
    Sempre que posso venho ao teu blog....
    Bjinhos
    Carla

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