3.22.2011

Primavera

Quando a primevera chegar eu não estou
Ainda que escreva cartas de amor nos seios
O meu olhar desdobra-se noutro jardim
Na consciência de outra infinitude...
Que não esta que bate em horas solúveis
Que esconde mãos em pétalas que caem
Que não pulsa a boca da fenda da brisa
Nem tão pouco espelha o céu na terra
Enquanto as flores e as aves forem outras
Por cima de um sinal que sempre tarda
Eu vou-me numa outra primavera
Num grito que me mostre outros lugares
Que esta tão imensa cansa por ser breve !


manuel feliciano

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