3.07.2011

Quando os teus olhos me tocam
Num verde de mar profundo
Eu não sei de mim nem do mundo
Roçam-me limoeiros na garganta
Chilream pássaros nos troncos
E há lábios nos motores do barcos
E aves de água nas retinas
Jardins nas pétalas dos dentes
Por entre cardumes de sóis
E os corais brancos do colo
Morro por um cheiro que se ausenta
À medida que te busco nas coisas
E sabes-me sempre a tão pouco
Por mais que os teus olhos me louvem!


manuel feliciano

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