4.30.2011

Asas quebradas

A chuva que clareou
Pela verdura dos montes
Nos olhos azuis dos sonhos
Em verticais navios
Desertos por marinheiros
Nas ondas ferradas dos dentes
Pelos ombros dos pinheiros
Despiu-se numa mulher de aveia
Nas rochas trémulas da boca
E só nos deixou uma sombra
Que incendiou o sol por dentro.

manuel feliciano

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