4.26.2011

Luar de sangue

Fiz do silêncio dos olhos

As palavras dos nossos braços

Do cérebro inflamado

A andorinha do teus pés

Da garganta com ponteiros

O teu vestido tão líquido

Da espera empedrenida

Um candelabro na boca

No chão que falseia

A ponte que nos segura

Do peito desfeito em terra

Duas bocas desejosas

Da exaustão em sangue

O teu corpo no céu

Mesa do meu prazer

Para finalmente comermos

O muito que ainda nos sobra!



manuel feliciano

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