12.06.2012

Esta noite encosto o pescoço
À entrada do rio ao mar
E sinto que o teu colo é diferente

recomeça

Os filhos , os animais e as abelhas
E a minha boca
Um chão de suspense
Semeado
Tudo o que te desço
É como que
Um gozo de estrela
Pouse na língua

E os pássaros
Pássaros que nunca nasceram
Te debiquem
Mas tu floresces
Onde dizem que é pedra
É a tua mão a violar o sol que queima a folha
Caminho que só leva ao rosto
Os dias que só têm começo
Já os barcos vão

E nós ainda ficamos em rio de amendoeiras!

Manuel Luís Feliciano

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